ASSÉDIO
MORAL
Tema polêmico e pouco discutido nas relações humanas, seja no
trabalho, na família ou nas redes sociais.
A verdade é que temos medo ou vergonha de encarrar este problema
tão comum em nossa vida, pois existe há séculos em nossa sociedade.
No livro “Assédio nas Relações de Trabalho, Escola e Família:
Uma visão holística” escrito pelo meu grande amigo João Renato Alves Pereira – traz
a importante reflexão:
“Assediar
implica em cercar, isolar, debilitar, enfraquecer, diminuir a resistência para que
o sitiado se renda incondicionalmente frente ao sitiador. Portanto, ocorre num
cenário de combate, onde as regras são pouco ou nada civilizadas e o jazer é
apenas um detalhe do jogo de guerra.
O Manifesto
2000, distribuído pela UNESCO – por uma Cultura de Paz e Não-Violência – é um
movimento de conscientização baseado no compromisso individual, de cada ser
humano, no sentido de sua responsabilidade sobre valores, atitudes e padrões de
comportamento que possam inspirar a cultura de paz em realidades da vida
diária.”
Precisamos deixar bem claro que para caracterizar assédio moral
não basta apenas uma única vez a pessoa ser tratada com indiferença ou rigidez,
tem de ser uma situação frequente e exacerbada, pois muitas vezes confundimos
uma advertência ou um jeito de ser do outro, as vezes por timidez, também por
algum problema pessoal que acaba interferindo negativamente na convivência.
Portanto, antes de afirmar que está sendo discriminado e
sofrendo bullying, se faz necessário descartar o fato de que não está
interpretando erroneamente a atitude do acusado, que já conversou sobre essa
situação com a outra pessoa, que tentou entender as razões que culminaram nesse
desgaste na relação.
Digo isso pois, é fato que muita gente se demite porque acha o
“chefe” agressivo, que se separa porque o companheiro não gosta de discutir a
relação, que muda o filho de escola achando que o professor é autoritário. Será
que você não está se fazendo de vítima?
Partindo do princípio de que não existe verdade absoluta, que quase
sempre puxamos a sardinha pro nosso lado, no caso de acusação por assédio moral
é preciso ter provas ou testemunha.
Então a melhor forma de prevenção contra os assediadores é não
dar espaço para eles, agindo de forma ética e profissional, sem se render as
provocações e sem medo de mostrar seu ponto de vista, de apresentar seus
argumentos e principalmente manter a calma, sem se importar tanto com a opinião
dos outros, incluindo as fofocas tão prejudiciais ao ambiente social.
Não permita que ninguém, quer seja chefe, colega de trabalho,
marido ou esposa, pai ou filho te trate constantemente em desacordo com seus
valores, sem cordialidade e muito menos sem respeito. Lembre-se, tudo que
acontece é porque houve sua permissão, consciente ou inconscientemente.
Hierarquia existe e devemos respeitar, regras foram feitas para
serem cumpridas, porém chefe arrogante não aceite, tome cuidado com colegas que
querem puxar seu tapete, não faça fofoca, nem escute fofoqueiros e nunca
permita que seu companheiro te menospreze. Mas tenha bom senso, mantenha o
autocontrole e prepare-se bem para bancar sua postura e defesa.
A minha conclusão é que hoje com tantos recursos disponíveis, só
depende de cada um tomar conhecimento da cultura organizacional e do contexto
familiar em que está inserido, para saber se posicionar de forma madura e
coerente com seus valores.
Valorize-se, bem como valorize os outros! Todos estão em
constante evolução, somente adquirindo conhecimento, trocando experiências e
aplicando no dia a dia é que acertará o alvo: COMBATER OS ASSEDIADORES.
Dulce Campos
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